quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Polícia Federal: Previsão de novo concurso até o início de 2016, diz presidente de associação


De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio, deverá ser realizado entre o fim de 2015 e o início de 2016 o primeiro concurso da Polícia Federal (PF) convocado por iniciativa do diretor-geral do próprio departamento, conforme ficou estabelecido por meio do Decreto nº 8.326, do dia 14 do mês passado. A seleção deverá ser para 600 vagas, sendo 450 para escrivão e 150 para delegado, ambos de nível superior, com iniciais de R$7.887,33 e R$15.743,64, respectivamente  (R$9.074,59 e R$17.203,85 a partir de janeiro, incluindo auxílio-alimentação, de R$373).
 
O concurso para os dois cargos, com essa oferta, chegou a ser solicitado ao Ministério do Planejamento em junho de 2012 e confirmado para 2013 pelo Ministério da Justiça. O pedido foi o mesmo que originou o concurso para 600 vagas de agente, ora suspenso pela Justiça. Procurada pela FOLHA DIRIGIDA, a PF informou que ainda não há previsão de novos concursos e lembrou que a partir do novo decreto, os concursos devem ser realizados quando o número de vagas exceder a 5% dos cargos efetivos, ou com menor número de vagas, a depender da necessidade e a critério do ministro da Justiça.
O presidente da ADPF ressaltou que a edição do decreto que dá autonomia para realizar seleções de policial federal irá permitir uma política permanente e regular de concursos. A mesma expectativa foi manifestada pelo diretor-geral da PF, Leandro Daiello, em entrevista ao jornal O Dia, publicada no último dia 31, segundo a qual há plano de realizar concursos anuais para as carreiras do departamento. Embora acabe com a necessidade de autorização do Ministério do Planejamento, o Decreto nº 8.326 determina que a pasta ainda terá que  dar o aval para os concursos da PF, por meio da confirmação de disponibilidade orçamentária para o provimentos dos cargos. “Sabemos que, como qualquer coisa que envolve recursos públicos tem que haver previsão orçamentária, depende da situação econômica do país. Mas entendemos que ficou mais fácil. Com essa regra, na disputa de receita, a PF passa a ter uma preferência, uma prioridade em relação às carreiras que não possuem”, avaliou Marcos Leôncio.
 
Requisitos – A formação superior exigida para o cargo de escrivão pode ser em qualquer área. Já para delegado, é necessário o bacharelado em Direito, além de experiência de pelo menos três anos em atividade jurídica ou policial. Esse último requisito foi incluído pela Medida Provisória 657, que, entre outros, torna exclusivo da carreira de delegado o cargo de diretor-geral do departamento. Para ambos os cargos, é necessária também a carteira de habilitação, na categoria B ou superior.

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